Tela de Hu Jundi
De respiração entrecortada.
Na catedral das reencarnações,
Buscava a evaporação do fio dos sonhos.
Seu corpo leve ia de encontro aos que
Soltavam-se do existir.
Precipitava-se num voo inquieto e numa
Insensata busca para elucidar signos.
Era alguém que desdobrava as noites
Arriscando-se num incontrolável mergulho.
Dependurados nas franjas do tempo.
O horizonte rompia-se em pedaços fragmentados
Como um cristal de caleidoscópio.
Em cada pedaço,
Alguém lhe fazia um sinal de avistamento.
De longe, os louvores garantiam
Sua entrada no templo da almas.
Eu própria, em minha vestimenta de vidro,
Pude penetrar no vale onde nasciam todos os risos.
Vi a transparência líquida dos espíritos
E a fonte que brotava do centro de seus corpos.
Como um manancial de luz palpitante,
Crisálidas azuis se transformavam nesse lugar de sonho.