Minha garganta seca
Assimila a água de tua boca.
O meu olhar
Cruza o teu oceano
Marcando a distância do encontro.
Moléculas de ar
Rasgam minha boca
Que represa tua saliva salgada.
Uma necessidade
Preenche meus lugares secretos.
Entorpecidos se deixam penetrar.
Você abre caminhos
Sem resistência.
Traço um rumo
Confirmando nossa existência.
Derrubo a comporta
Que te represa.
Sou esculpida
Por tua água renovada
Enquanto você se dilata
Para estancar-se em mim.
4 comentários:
Represa...
sim...represa (dentro da represa o que conseguimos guardar?)
represa mata a sede...
agua, fonte...
é tanto...é vasto...
beijo querida.
Deixo-te parte de um pensamento meu já com teias de aranha:
...quando a vida bate à porta e os desejos tomam a forma de uma realidade com que sonhamos e nem acreditamos, talvez seja altura de abrir os olhos e aproveitar os dias...
...o amor que circunda os escolhidos por sorte ou mero acaso também tem de ser estimulado, sob pena de uma dia apenas glorificarmos o espectro para lá do espelho, talvez andes perdido...
Beijinhos e parabéns!
Beijos, beijos, beijos... e como alguém me disse ainda hoje... 'qualquer dia fico-te com os lábios de tanto te beijar'
Poema com Amor à solta!!!
Beijos resgatados por tanto amar.
Fazendo a leitura deste texto senti-me verdadeira represa, prestes a libertar da prisão.
Água em fúria a procura de um amor, com todo desespero do desejo cair nos braços do amado!
Parabéns Poeta!
Marta Peres
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