Tela de Andrew Wyeth
A cada dia esperei
Por um vento que me acalmasse,
Que abrandasse a brasa que ardia,
Pesando em minha boca.
Quieta, ansiava como louca
Tua boca sob a minha,
Para voltar a tremer.
O tempo virou tormento,
Esperando esquecimento,
Que eu queria ter em mim.
Indiferente, tu colocaste
Os dias em meu rosto,
Fazendo-me singrar
Num mar de lágrimas e dor.
Tornei-me cega e perdida,
Sem sua boca ferida
De beijos que dei em ti.
Por tudo que fomos um dia,
Só as lembranças não bastam,
Se trago no peito essa dor.
Tens que voltar com mãos de astro,
Marcando-me um lastro,
Numa linha de amor.
8 comentários:
Bonito poema de amor.
Beijo.
Concordo.
Amor tem que ser presente
a cada instante renovado:
atuante,
reinventado!
Abraço!
Obrigada pela dança da solidão...
""A solidão é muito bela, mas quando se tem perto de si alguém a quem o dizer."
Beijo.
Muy bonito el poema de amor.
que tengas una feliz semana.
saludos.
Quando trazes em tua boca o sabor de uma bebida, amor...
Belo poema de amor...
O "que fomos um dia"? nunca mais seremos!
É pena, mas é a ordem natural da vida!
Beijos, doce Rachel.
Fico Feliz por voce ter voltado a postar.Agora melhor do que antes, mais consciente, prova que você também está melhor.
💙🌹🌻
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