Tela de Victor Bregeda
Descobri em mim a pedra suspensa,
Aquela que fechava a fonte,
E escurecia a água dos mistérios.
Mostrei ao deus das águas o meu centro,
E as entranhas de sangue,
Para invocar os milagres da noite.
As veias se dilataram em tremor de espanto,
E peixes se davam em alimento.
Engoli todas as moedas
Dos pedidos dos amantes.
Consagrada à abertura abismal,
A língua bifurcada de serpente,
Seguia arrebatada dentro da boca.
Escamas pontiagudas
Ocultavam desejos suplicantes.
Dentro do poço, as cintilações vibravam.
Gingavam absolutas na dança
De satisfazer vontades ocultas.
E no meio da noite,
Abriam-se, trazendo o mar na fonte.
10 comentários:
Muito lindo e profundo poema, parabéns poetisa.Beijos
Simplesmente: sem comentários! A palavra desce ao fundo de uma poética cancerígena, daquela que toma todos os poros e mata o indivíduo de pensar, imaginar, sentir...
O encanto do sentir, eis a verdade latente. Parabéns.
Está muy lindo, me gusta mucho.
Bom dia, Rachel. Não trocamos há meses, mas é sempre bom vir aqui e acompanhar o se talentoso tabalho.
Poema forte, característica sua envolto à mistério.
Muito bonito.
Tenha um domingo lindo de paz!
Um beijo na alma!
Olá!
Lindo e profundo o poema.
Gostei de tudo por aqui, sua maneira de poetizar é gostosa de ler,é gostosa de declamar, amei por demais.
Um abraço e feliz inspiração sempre.
Urbanascidades e Urbanasvariedades juntam os blocos para pular o Carnaval. Hoje a poesia de Lídia la Escriba. Quer música, amanhã ouça Bob Dylan. Na segunda de carnaval conheça o carnaval de 1927 em Porto Alegre. Na terça, o desfile é por conta de um passeio de 10 dias de trem pela Suiça. E na quarta-feira de cinzas os vencedores... do Oscar desde 1929.
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Um abraço,
Paulo Bettanin
És uma fonte poética. Muito cristalina...
Este poema é magnífico.
Beijos, querida amiga.
Nilson
São fabulosos os seus poemas. É muito bom passar por aqui.Abraços
Doce Rachel,
Da origem, da mulher, do desejo...
Sem palavras além desta fonte.
Beijos mágicos,
Anna Amorim
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