Quando a chuva de outono
Respingar em minha janela
Estarei te esperando.
A música soará intensamente
Das cordas de meu coração.
O vento há de dançar
Por nossa alegria.
Tochas serão acesas
Iluminando nosso jardim.
Flores exalarão perfumes,
Muito além, do que se pode sentir.
Seremos arrebatados pela relva fresca,
E ali mesmo, incrustados na terra
Exalando o que de mais antigo,
Tem os corpos.
Na confusão das emoções
Invadiremos um ao outro
Com nervos retesados.
Uma sinfonia tocará.
Galhos retorcidos se aquietarão
No cimo de meu corpo.
Glóbulos mornos de orvalho
Escorrerão no solo
Encharcando nossos pés entrelaçados.
Teremos o aroma doce das flores
E o inominável cheiro do amor.
Estaremos inertes
Na lassidão do esquecimento
Abandonados ao suspirar
Do fim da noite.
Ali, no segundo estreito
De meu olhar no seu,
Nada será como era,
Tudo será mais.
3 comentários:
Porque é que temos que estar sempre esperando...que droga!!! rsrs
Belissimo Querida...lindo lindo!
beijo
Entranha-se no corpos dos amantes o inolvidável cheiro da natureza, na estação que ontem principiou no Hemisfério Norte (sim aqui estamos no Outono)... e o entrelaçar de olhares... hmmm... almas em perfeita sintonia de amor!!!
Lindo! Profundo! Genial! Eu quero é mais!!! Esta é a Rachel que eu amo e admiro! Bravo!!! Adonize
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