Onde foi que me perdi de ti?
Em que canto enternecido da vida
Meu olhar se anuviou
E me perdi de ti.
O fio de Ariadne não foi o bastante
Para que eu te encontrasse
Neste labirinto perdido dentro de mim.
Tenho acumulado um tesouro por anos.
Ocultei nas estepes de meu corpo
Essa vontade nostálgica
De te ter dentro de mim.
Sonho com seu jardim de terra fresca,
Com tardes cálidas,
Nesse paraíso de promessas perdidas.
Te vejo interrogar meu corpo,
Rompendo peles,
Fazendo voltas no meu existir.
Depois, em halo sereno,
Parte como um servo
Que executa ordens.
Esquece-me em campo aberto
A perguntar: por quê?
2 comentários:
Excelente poema. Bela combinação de lirismo e força; para traduzir, em palavras, o sentimento guardado.
Gostei muito mesmo. Depois volto para ler mais.
Um abraço, Poetisa!
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Ah,poeta!
Que belo passeio,acabei de fazer esta tarde.Não tenho vontade de sair daqui!
Quanta emoção!
Escreves,e como escreves bem.
Há muitos escritos por aí afora...mas os teus..têm algo que prende,que emociona.
Fica aqui,o meu humilde comentário,depois deste passeio no meio de tantas palavras!
Parabéns e obrigada!
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