Tela de Ksiezyc
Ela, crescente como uma foice,
Açoita a noite.
Brilha glacial no topo do mundo.
Falo a ti com a voz de minha alma,
Profana voz de sentinela.
Escuto sua música de presságios.
Os telhados brilham sua prata cintilante
Enquanto as casas dormem.
Ouço-a dizer:
Pouca coisa importa se estamos nós aqui.
Não teremos medo da noite.
Sinto-me leve,
Abraçada por sua tênue doçura.
No limiar da aurora, dá-me seu beijo.
Nosso tempo,
Construído na escuridão da noite,
Desvanece com o dia.
Fica dentro de nós a saudade da noite,
Onde somos duas
Em busca do rito da primavera.
Nossos ciclos de sangue,
Fazem a ressurreição da natureza,
Quando, como sentinelas,
Abrimos nossa porta
E triunfamos no clarão da vida.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
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2 comentários:
«Nossos ciclos de sangue,
Fazem a ressurreição da natureza»
Mulher e Lua são uma fonte poderosa de vida. E de regresso aos primórdios dos tempos em que decerto houve mais do que a costela de Adão para que a Eva de lá saísse e o mundo completasse o seu ciclo de beleza eterna!
Beijos!
Isso mesmo Manuel.Somos duas em uma.
Somos o clarão da vida.
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