Ilustração de Emma Hack
As pontas de meus dedos
Pedem um queixo.
A língua se enche
De seu gosto.
A boca saliva
Em outra boca,
Que isola ruído
De seus gritos.
Os dedos afundam
No seu corte,
Que arde e se exangue
Em meu sangue.
O indizível retorcido
Dessa boca,
Rompe-se a catar palavras,
No compasso
Dissonante da saliva.
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4 comentários:
Ardente esta"saliva":-)
Salivante desejo de paixão!!!
Como posso eu dizer mal de ti quando usas estas palavras com tanto tesão à mistura?
Beijos e abraços!
gosto de poesia que tem paladar
obrigado!
Nunca uma saliva pareceu tão interessante. Lhe achei por acaso, e gostei muito desse acaso. Belo poema, magnífico blog e é certo que voltarei mais vezes. Um abraço e boa semana.
http://so-pensando.blogspot.com
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