Sombras quietas espiam entre os muros.
Esperam entre os choupos do jardim.
Não reconheço ninguém nelas.
São da cidade de pedras
Vigiam o tempo e esperam
A canção da partida.
Prestam homenagem a mais bela,
A que servia o vinho doce
Das vindimas do prado.
A que dançava à chuva,
Que deleitava o senhor da casa.
Em esplendor chega a amante
Dizendo querer à noite.
Falando do louvável passeio
Que fará no último de seus dias.
Sombras quietas surgem sagradas.
Seguem a lua carregando
A mais bela.
Vestem-na de ar e suspiros.
Derramam óleo ungido em sua alva fronte.
Seguem todas dignas,
Sem profanar o chão de estrelas.
Sobem ocultas pelas nuvens.
Rodopiam ao soprar do vento.
Cerram as pálpebras,
Todas juntas, para sempre.
Um comentário:
Olá, meu nome é aline sou estudante de jornalismo e gostaria de fazer umas perguntas sobre blogs literários para você.
Assim que ver esse comentário me mande um e-mail
alineapsoliveira@globo.com
ficarei grata se puder responder!
Abraços,
Aline
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