
Minha sede de ti é maior
Por não poder bebê-lo.
Invoco tua fonte para essa sede insana.
Renuncio minhas asas por um cálice
Dessa tua água impossível.
Vou com o vento atravessando raios.
Vou para dar-te minha boca,
Meu colo de represar água cristalina.
Meu corpo pede um escultor
Que saiba talhar um jarro
E você foi o escolhido.
Sou esculpida pelo vento
Que atravessa minha pele, enquanto
Lascas se soltam como folhas secas.
Cada dia uma insondável vontade
Penetra em meus poros
E eu penso ter em mim
Tua água e tua fonte.
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