Não há lua.
Um negrume denso, espesso
Brota da silhueta incorporada
Na noite.
Espero os passos incertos
Irem para o vazio estreito
Do silêncio.
O sangue alerta,
Dois olhos espreitam o frio.
Batidas cardíacas ressoam.
Uma dor de fenda, num espiral começa
Quebrando o circulo agonizante do medo.
Cada um rompendo o lado que habita.
Segue, cada um,
Para o lado oposto do encontro
Deixando emanações
E pulsações
Onde tudo se deu.
O afastamento é o escape
Frente à agonia do desconhecido,
Por medo dos clamores que a carne têm.
Por medo desse encontro torpe,
Que na escuridão da vida
Atravessa nosso caminho.
2 comentários:
Rachel,
Muito obrigada por sua visita...
Abraços
Leila
Sempre em fuga poderia ser um sub-título para a minha vida adulta e no entanto há sempre estes espaços de bits e byts onde nos encontramos para um qualquer abraço poético que nos estimula a vontade de criar mais e mais sem que a visão obscura da noite negra e sem salvação tome de assalto a vontade de acabar com o corpo antes do tempo!
Para lá de inteligente tens uma sensibilidade literária formidável!
Parabéns, sempre e para sempre. E sempre que puder o voltarei a afirmar aos quatro ventos, mesmo que estes se transformem num furacão de grau 5!
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