Andei formulando um sentido,
Criei uma imagem num mapa
Que representasse seu enquadramento
Em minha vida.
Desordenaram-se as linhas
Apagando o caminho desenhado.
Um véu de emanações tardias
Enrolou-se nas coisas ditas.
Mostrando-me, enfim, a tênue linha
Que nos prendia.
Nossa vida singular era delírio,
Não passava de invenção,
De um plano imponderável.
Contido nas linhas escritas,
Foi incapaz de suportar a travessia,
De alcançar um outro lugar para a verdade.
Nosso futuro ficou sem infinito,
Ficou solto, em algum lugar
De meu plano escrito.
4 comentários:
A vida é isso mesmo, uma ténue linha que nos prende a esta dimensão e por vezes a obsessão pelo reverso é tanta que nos escapa a felicidade que tanto almejamos!
Bjs!
O futuro??
Não,não façamos planos...nunca sabemos o que nos separa da vida!
Beijinhos
cada dia que passa a vida me enssina mais na quilo que leio teu Emília beijos
Quanta beleza, Emília. O resto, em mim cala como mar silêncioso...
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