domingo, 21 de setembro de 2008

Guerreiro

Tela de Sir Edward (Coley) Burne-Jones



Vem e resvala-se

Na intimidade de meu tecido.

Beba de meu sangue até se saciar,

E da agonia que te consome estar livre.

Vem e derruba esse muro

Que nos impede de ser.


Sentencia-me a ser seu poente.

Transfigure-se como sol em mim,

Que me tornarei raios vagos de luz

Exaltando cada manhã de nossos dias.


Corte o ar e meu hálito

Com sua espada de aço.

Enterre em meu corpo blindado,

Sua força de guerreiro.


Reverbere com seu grito

Meu êxtase derradeiro,

Pois que cada dia

Traduzo sua língua desconhecida,

Para compreender seu poder sobre mim.

3 comentários:

A CASA DOURADA/Leninha Sol disse...

Ai Rachelzinho...
me rendo a este...terei de copia-lo ...me encantei...
esse fala ...ouvi!
viva...ah Guerreiro...

Beijos carinhosss
LeninhaSol

Ana Maria disse...

Minha doce poeta, linda a poesia!
Tu e sua imaginação criativa.
Parabéns!
Sucesso sempre e beijos.

manuel marques disse...

Puro êxtase... e diria mais... declamado por alguém devidamente emocionado este poema ganha as asas que tem destinadas para fazer o voo sem fim pelos tempos e se o merece!!! Um bravo, extasiado!!!