Penetramos no mais fundo dos abismos,
Onde jaziam insepultos os jovens mortos.
Invocamos os deuses,
E cravamos nossas espadas
Na terra que sangrava.
Olhos vidrados pediam clemência.
Todos eles exalavam o horror da guerra.
Buscamos água para recordar seus feitos,
Enquanto os ungíamos.
Espíritos abandonados saiam dos corpos
E partiam para o centro do céu, jubilosos.
Vimos um cordão de almas se desenhando
No ar formando um cordão de luz.
Eram seus últimos dias radiantes
Na espessa camada de lágrimas.
Deixem que eu possa lavar todo este sangue
E imole um cordeiro na pira dos sacrifícios.
Deixem que eu possa contemplar
O Deus radiante e piedoso
Que orquestrou essa tormenta.
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