E houve um suave tumulto
No silêncio da noite.
Muitos vieram apressados
Para ganhar as boas graças.
Uma luz vaporosa conferia
Aspecto mágico ao momento.
O rendilhado da manta
Envolvia os traços delicados da criança.
O esplendor estava estampado nos olhares.
Um menino relicário dormia
Sob a luz do olhar de sua mãe,
Qual Serafim num altar.
Ondas flamejantes buscavam
Orações entre os pastores e reis.
Fundiam-se todos num sentimento
Encantador de paz e amor.
Desenhava-se naquele canto
Um coro de anjos.
Ondulantes caracóis dourados
Dominavam o fundo da manjedoura.
Um oceano de fogo ardente
Nascia para iluminar os homens.