Não me olhou mais de frente,
Arrancou a pele velha,
Marcada pelas cerimônias.
Seu corpo flácido, envelhecido,
Agora buscava novas promessas.
Era a jornada
Fluindo para o fim das coisas,
Buscando o fulgor perdido
Em algum lugar do passado.
Eu o quis, mas não era humano.
Era um ser obsessivo e intemporal,
De coração cimentado,
Seco para as palavras de súplica.
Sua casa ficou vazia,
O sol fez secar as plantas da varanda.
Eu vi os defumadores sem incenso,
E a solidão levantando as cortinas.
O lugar virou cemitério,
Todos morreram
Com o coração perfurado.
Fiquei surda com o silêncio da rua.