
Virei sol
No meio da chuva.
Gotas quentes
Escorrem mordidas.
Virei cachoeira
Num lago,
Virei fonte escondida.
Virei grito
No meio da noite,
Respiro sem fôlego
Um ar que é um açoite,
Porque virei grito,
Porque virei noite.
Fiquei suspensa
No ar de uma boca
Porque ela soprava um sim,
Respirei o que ele tinha
Ficou tudo dentro de mim.
Virei jarro,
Fiquei calma,
Repleta
De um êxtase sem fim.
4 comentários:
Obrigado por ter passado pelo meu blog, o melhor foi ter conhecido o seu... gostei! Gostei bastante! Ressonância é uam boa palavra para o que senti lendo.
Amei este poema Mutantis...Parabéns pelo blog
carmen
Realmente gostei muito do seu blog.
Tenho lido estes poemas (que já os havia lido à dias mas a cabeça quase que explodia de cansaço...) a escutar Morten Harket e o seu 'Letter from Egypt' (o vocalista dos A-ha a solo) e a tranquilidade que me é permitida pela dupla genial permite-me dizer-te que a cada nova viagem pelas dicotomias da vida te aprimoras mais, te agigantas na miríade de poetas vulgares que pululam por aí!
Força e Feliz dia 8 de Março!!!
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