Tela de Paul Gauguin
Virei sol
No meio da chuva.
Gotas quentes
Escorrem mordidas.
Virei cachoeira
Num lago,
Virei fonte escondida.
Virei grito
No meio da noite,
Respiro sem fôlego
Um ar que é um açoite,
Porque virei grito,
Porque virei noite.
Fiquei suspensa
No ar de uma boca
Porque ela soprava um sim,
Respirei o que ele tinha
Ficou tudo dentro de mim.
Virei jarro,
Fiquei calma,
Repleta
De um êxtase sem fim.
4 comentários:
Obrigado por ter passado pelo meu blog, o melhor foi ter conhecido o seu... gostei! Gostei bastante! Ressonância é uam boa palavra para o que senti lendo.
Amei este poema Mutantis...Parabéns pelo blog
carmen
Realmente gostei muito do seu blog.
Tenho lido estes poemas (que já os havia lido à dias mas a cabeça quase que explodia de cansaço...) a escutar Morten Harket e o seu 'Letter from Egypt' (o vocalista dos A-ha a solo) e a tranquilidade que me é permitida pela dupla genial permite-me dizer-te que a cada nova viagem pelas dicotomias da vida te aprimoras mais, te agigantas na miríade de poetas vulgares que pululam por aí!
Força e Feliz dia 8 de Março!!!
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