Tela de Paul Klee
Minha nave flutua no céu de sua boca.
Rompe tentativas de pouso
E entra rubra, como libélula noturna,
Num campo de luz.
Tangente língua, projétil atômico,
Cruza os dentes buscando palavras.
Escreve inscrições ao comandante
Das delícias.
Punhal púrpura rasga a cortina salivar,
Rompendo a janela em pedaços,
Onda imensa estilhaça os beijos.
Corrente de visco, afoga em tremor
Com poderosa avalanche,
Alastrando em êxtase, alcançando os amantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário