Ando sob águas turbulentas,
Afundando na solidão com passos pesados.
Penhascos escuros surgem como recortes de papel
No teatro montado.
Estranhamento é o que sinto dentro da pele
Deste personagem que visto.
Dou franca entrada ao desconhecido
Que insondável, tateia a bilheteria de meu peito.
Tento o esquecimento, a inconsciência,
Para obter uma redenção.
Mas é na escolha da peça
Que recai a dor insuportável,
É na memória dos primeiros dias,
Onde a música era ouvida pelo coração
E não precisávamos das máscaras.
Puxo a cortina e descubro que ali,
Na primeira fila, ainda me esperam,
Com ansiedade e surpresa.
Posso ver no rosto do coração jovem
O brilho do “primeiro olhar”.
Um comentário:
O homem comum estranha um mero abraço sem que depois tudo se fique por aí, mas esquecendo a costumeira cobardia algo em si vai ganhar asas! Beijinhos!
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