Tela de Michael Whelan
Não sobrou mais nada
Não sobrou mais nada
Daquele lugar longe do mar.
De mim, apenas um grito
Projetado do âmago
De uma folha em branco.
As manhãs estão cinzas
E seus passos que vagavam
Dentro de meu coração
Agora sonham em outro peito.
O abrigo suave está em ruínas,
Pouco sobrou de quase nada.
Foi-se o inventor de sonhos,
Perdeu-se o começo da noite
Que eu guardava na palma da mão.
Tentei trazer outro construtor
De caminhos ondulantes,
Outro que soubesse mais
De pontes de abrigo
E uma casa de pássaros e vento.
Não sei mais como saber sobre encontros,
Dentro dessa história cheia de silêncios.
O ar que continha o meu fôlego
Quase dentro do seu,
Agora flutua sobre um projeto de gestos
Dentro do meu corpo que morreu.
Ganhador do Premio de Poesia da Comunidade É PROIBIDO PROIBIR do Orkut.
Ganhador do Premio de Poesia da Comunidade É PROIBIDO PROIBIR do Orkut.