sábado, 1 de setembro de 2007

Medusa

Tela de Arnold Böcklin

Um rosto de máscara
Cintilante e hipnótica,
Entrelaçava o olhar do oculto,
Buscando um corpo de sombra.

Cingiam sua cintura,
Serpentes.
Longos cabelos ondulantes
Que por carinho,
Cravam-lhe os dentes.

Pequenas serpentes azuladas,
Dançavam absoluto mistério.
E ela, Medusa dos medos,
Em silêncio formava um império.

O olhar paralisante,
Buscava o coração aflito,
Rondava de perseguir caminhos,
Jorrava emoções em ondas,
Para o mortal encontro em um ninho.


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