E caiu sobre mim
Um silêncio de seta.
Mergulhou-me atingindo
O alvo certo.
Implacável absorveu-me inteira
E eu fechei minha boca quieta.
Em cada fenda decifrei soluços
E minha voz
Falou para mim mesma.
Precipitou-se na pele
Rumo a minha boca.
Absoluta de tudo,
Trabalhou devagar um caminho.
Desfiz de mim uma voz meio rouca,
Fui obrigada a ceder seu carinho.
Enfim essa intimidade
Desfez o enigma do silêncio.
E uma fundição muito louca
Começou a trabalhar
Minha boca.
Gritei até me asfixiar
E ordenei que saísse esse ar.
Começou um desejo crescer,
Num fluxo imenso girando.
Não encontrei outro modo,
Senão gritar bem alto o seu nome,
Que delirando ouviu meu comando.
Um silêncio de seta.
Mergulhou-me atingindo
O alvo certo.
Implacável absorveu-me inteira
E eu fechei minha boca quieta.
Em cada fenda decifrei soluços
E minha voz
Falou para mim mesma.
Precipitou-se na pele
Rumo a minha boca.
Absoluta de tudo,
Trabalhou devagar um caminho.
Desfiz de mim uma voz meio rouca,
Fui obrigada a ceder seu carinho.
Enfim essa intimidade
Desfez o enigma do silêncio.
E uma fundição muito louca
Começou a trabalhar
Minha boca.
Gritei até me asfixiar
E ordenei que saísse esse ar.
Começou um desejo crescer,
Num fluxo imenso girando.
Não encontrei outro modo,
Senão gritar bem alto o seu nome,
Que delirando ouviu meu comando.
Um comentário:
E caiu o silêncio
Silêncio de seta
certeira
no alvo
e, precipitou-se
pela casa de minha alma
e me ensurdeceu os tímpanos
e me asfixiou o peito...
Postar um comentário