sábado, 13 de outubro de 2007

Gratidão

Tela de Álvaro Reja

Quando sou grato
Desfruto a eternidade.
Nada nem mesmo a morte
Anulará o que vivi.

Ela só poderá privar-me
Do futuro que não é.
A gratidão liberta-me dele,
Pelo saber alegre do que foi.

Aceito a gratidão como uma virtude,
O dever é amargo e nos torna pequenos.
A alegria da gratidão se transforma
Em amor somado ao amor.

O segredo da amizade
É a alegria comum.
A amizade dança ao nosso redor
E pede gratidão.

Pede que despertemos para dar graças.
Ser grato é levar dentro de si
Um eco de alegria.

O mistério da gratidão
Não é o prazer que temos com ela,
Mas o obstáculo que com ela vencemos.
Ele se opõe ao egoísmo e o supera.

A gratidão é uma virtude leve e luminosa,
Feliz e humilde.
Que graça mais fácil e mais necessária
Que ser grato.
Agradecer é dar, ser grato é dividir.

Essa alegria compartilhada,
Se não se agradece
É porque não se quer partilhar.
A gratidão dá a si mesma.

Ela vem somada a generosidade.
A ingratidão não vive
Pela incapacidade de receber,
Mas porque é incapaz de retribuir,
Não se alegra, não ama.

A gratidão não tem nada a dar,
Além do prazer de ter recebido!

5 comentários:

Anônimo disse...

Puxa que lindo!
"a ingratidão não tem nada a dar
além do prazer de ter recebido."

conheci hj seu blog e adorei..
está de parabéns...
visete o meu tbm..
Adorarei receber sua visita no amiga das rosas

Manuel Marques disse...

compartilho esse teu sentimento a 100%!

especialmente na primeira quadra... liiiinda!


abraços!

Manuel Marques disse...

fiz uma pequena brincadeira vocal com o teu poema... quando o publicar... aviso-te...rs...espero que gostes!

Poesias disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Poesias disse...

Doce e amável Rachel, prazer em conhecê-la e agradeço seus belos poemas que foram postados em seus tópicos. VC é a minha Fadinha Azul!Paz e Luz! Flor de Lótus Azul.