domingo, 20 de julho de 2008

Cosmo Caiado

Tela de Edward Robert Hughes


Eu o vi num tremor de folhas,

Quando estava no jardim.

Senti um hálito, uma caricia,

Um recado do passado.

Algo soprava em meu ouvido:

Onde se pôs o sol de nossa mocidade?

Insetos noturnos salpicam a luz da noite.

Volto ao tempo das carícias nos jardins,
Do lusco-fusco das tardes de verão.

Lá, onde você estava comigo,

Onde tinha um cosmo caiado

A brilhar dentro de mim.


De repente, as partículas se dissolvem,

Você se foi, está lá, atrás da dobra do tempo

E eu aqui, a buscar-te.

4 comentários:

Ana Maria disse...

Linda poesia amiga..
Será que ja foi mesmo?
Beijos.

Anônimo disse...

buscá-lo, é a melhor forma de sentir o caminho desdobrar. E as carícias da noite junto com os insetos, voltarão.

bj

Ana Cristina Souto

Kael Kasabian disse...

Primeiramente,OBRIGADO!!!
Segundo,eu estou aqui a ler suas poesias,no meio de tanto trabalho e pessoas ao meu redor,estou aqui a ler e sentir sua poesia,hoje ganhei um elogio e ganhei um sorriso.

Abraços de seu novo fã.

Kael Kasabian.

O que Cintila em Mim disse...

Kael muitas vezes senti a natureza reclamar de mim um gesto e não sabia o que fazer. Agora, vendo você tão singelo a me ler, sei que tenho que abrir minha porta para que possas entrar.

Sente-se alí, sob aquelas almofadas estranhas. Elas são para brincar.