quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Poema

Tela de Álvaro Reja

O poema puro, justo,
Amontoa a toa,
Letra, augúrio,
Tinta negra
Que escorre
Num estranho olhar.

Junta-se pedaços,
Desfaz-se os compassos,
Recola um halo
De forte intenção.


Reta a linha se alinha,
Declina, desalinha,
Perdida de mim.
Enfim aparece,
Inteiro ao acaso,
Alcança seu canto
De poema encanto,
Entretanto,
Enfim, mas nem tanto.

2 comentários:

Manuel Marques disse...

Olá! Também tenho este poema recitado aqui guardado para um dia sair do forno... é preciso dizer que gostei? É lindo!!!

Anônimo disse...

Manuel que tenho carinho por tudo que és e por saber dizer as palavras certas para o meu coração que pede. Quero que sejas como o poema, que escorre leve nesta folha do computador.

Rachel