terça-feira, 26 de agosto de 2008

Desejo

Tela de Egon Schiele



Vem e sacia-me

Desta fome estranha,

Que cresce e possui-me.


Vem alimentar-me

Daquilo que excede,

Que é bem maior

E que me impele a ti.


Já não me basta

Esse alimento que

Quer-se sempre mais!


Meu desejo é chama

Que arde eternamente,

Que vem de não sei onde,

Que não tem fim nem começo,

Que está aquém de mim.


Disseco-me

Arrebato-me em ti,

Que fomenta o meu desejo.


Atenda-me agora

Tirano enigmático,

Interpreta-me com seus dedos,

Com suas interrogações,

Que incendiarei para ti.

2 comentários:

A CASA DOURADA/Leninha Sol disse...

Doce...
que sacia a sede em encantos poemas...
sangue que vibra em palavras...
continua e nos aquece...
faz o movimento da mágia e dos sonhos.

Belo e cheio de ti.

Carinhos minha querida Rachel

Leninha-Solzinho

"Scacição" disse...

ESPECTACULARRRRR!ADOREI ler!

Rachel, já deste forma ao "desejo"?:)

SÃO Sendim.