quarta-feira, 27 de maio de 2009

Miríade

Ilustração de André Toma


Não mais os confusos pesadelos,

Não mais os fantasmas

Rondando a fraqueza.

Alguns até tentaram

Arrancar-me confissões.

Inventaram mentiras, infâmias,

Para me amortalhar no medo.


Lutei no campo das angustias,

Levantei armas e vivi

A aventura do guerreiro.

Deitei o sangue no combate,
Para acreditar de novo,

Nos que fizeram trincheiras.

Perplexos, eles debandaram vencidos.


Voltei para o meu lugar

E vi lágrimas virarem

Miríade de pontos cintilantes,

A saírem dos olhos cheios

De orgulho de meu amor.

Um comentário:

manuel marques disse...

Eu sei que isto é poesia, que não reflecte aquilo que pensas, ou reflecte, ou, ou, ou... essa é uma das maravilhas de se escrever BEM um poema, dar-lhe duplicidade de sentidos e assentar a quem o lê conforme a as suas conveniências.

Assentou-me bem a mim e a quem eu amo e assnta-me bem ler-te, és sempre pura magia! Parabéns!