sábado, 18 de setembro de 2010

Barco à Deriva


Tela de Nicholas de Stael

Todo esse caminho percorrido
Nos dias desse tempo de tormenta
Me preparava para a inconcebível
Chegada da noite.

Naveguei toda a costa do mar interior
E não pude encontrar satisfação em nada.

Nem um relâmpago revelado,
Algo que me sacudisse
Mostrando uma centelha de luz.
Um encanto que surgisse
E dissolvesse o horror do espanto
E apagasse esse presente.

Pedi que se estabelecesse,
Um poder transbordante e exato,
Que sacudisse e modificasse
A intenção deste barco à deriva.

Que o mar de lágrimas se tornasse
Um remanso de calmaria
E se pudesse chegar com coragem
Ao fim deste dia.

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