quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O Voo


 Tela de Alfredo Prior

Meu voo é rasante e rasteiro
Nesse espaço sem direção.
Voo por lugares que acontecem
Atmosferas de fumaça,
Que embaça o sobrenatural.

Saio de mim,
Deixando meus ossos
Para dormir na perplexidade.

Vou nesse voo enfeitiçada,
Empurrando o sol,
Deslocando as águas
Tentando encontrar o fim.

Do outro lado
O mundo é pequeno para muitos
E grande pra uns.

Voo para um céu de abismo,
Dentro de um subterrâneo mundo,
Que procura um fim.

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