Ela já tinha se acostumado às sombras.
Não tropeçava mais nos detalhes inúteis:
As coisas e os outros.
Na sombra nada existia,
Ficava tudo quieto a esperar.
Ali estava somente com seus pensamentos.
Decifrava os sonhos com seus símbolos.
Torturava-se com o espartilho de metal.
Minúsculos, ganchos,
Despertavam-na obstinadamente,
Para uma realidade enferma.
Não tinha o sonho vulgar dos que dormem.
Sonhava campos de dores.
Sonhava o céu líquido de lágrimas.
Sentia-se plena no mundo das sombras,
Suspensa pelo vazio.
Nenhuma nesga de luz a profanar
A quietude de seus dias.
Ali em seu quarto ela não via limites,
Nem paredes, nem nada.
E dessa obscuridade nascia,
Um redemoinho de formas e cores,
Que nos golpeiam até hoje.
Não tropeçava mais nos detalhes inúteis:
As coisas e os outros.
Na sombra nada existia,
Ficava tudo quieto a esperar.
Ali estava somente com seus pensamentos.
Decifrava os sonhos com seus símbolos.
Torturava-se com o espartilho de metal.
Minúsculos, ganchos,
Despertavam-na obstinadamente,
Para uma realidade enferma.
Não tinha o sonho vulgar dos que dormem.
Sonhava campos de dores.
Sonhava o céu líquido de lágrimas.
Sentia-se plena no mundo das sombras,
Suspensa pelo vazio.
Nenhuma nesga de luz a profanar
A quietude de seus dias.
Ali em seu quarto ela não via limites,
Nem paredes, nem nada.
E dessa obscuridade nascia,
Um redemoinho de formas e cores,
Que nos golpeiam até hoje.
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