terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O Arco

Tela de David Edward Linn



Não era na cabeça

Que ficava o centro

De disparar o arco,

Era no sono.

Acordar não orientaria a flecha.


Insensato seria explicar

A tensão do arco

Vista do terraço de seu coração.


Falar dessa visão aniquilaria

O fantasma que se formava

Contra a luz

Atravessando os caminhos.


Virou delírio o pesadelo,

O alvo sem centro

Oscilava indiferente.


Avançou para frente

Sua carga de sorte,

Num corpo que se doou

A essa flecha da morte.

2 comentários:

Unknown disse...

" Fantástico "

O que Cintila em Mim disse...

Te procurei, mas não te encontrei.

Obrigada