Translúcida lua
A mostrar-se nua.
Soluçando acordes
De uma canção sem fim.
Caminha como uma sentinela,
Num indiferente passeio
Na imensidão da noite.
Quando se mostra no firmamento
Vira o arquétipo da paixão.
E no silêncio do espaço
Torna-se ingênua e dança,
Num vestido bordado
De vapores e cores.
Para impressionar-me,
Revela-se branca e pequena
E eu a vigio,
Objeto de meu desejo,
Brilhante pérola de nácar.
Segue presa num colar cósmico,
Deixando-se refletir e embalar,
Entorpecida pela mãe Terra
E pelas marés que tecem o mar.
3 comentários:
Na próxima Lua Azul és uma das muitas pessoas de quem me vou lembrar quando desejar aquilo que tenho de bom para desejar ao mundo... e o mundo ainda é um lugar grande dentro do meu coração, onde cabem lá sempre as pessoas de bem!
E nas noites de Lua Azul (como a cor das letras no poema) deve-se sempre começar algum projecto intenso do qual tenhamos carinho especial! Positivismo procura-se!
parabéns pela poesia!
Trago-te a Lua Azul para por a termo esse seu desejo.
Lindo! Maravilhoso!
Postar um comentário