segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Branca Lua

Lua Azul (desconheço o autor)

Translúcida lua
A mostrar-se nua.
Soluçando acordes
De uma canção sem fim.

Caminha como uma sentinela,
Num indiferente passeio
Na imensidão da noite.
Quando se mostra no firmamento
Vira o arquétipo da paixão.

E no silêncio do espaço
Torna-se ingênua e dança,
Num vestido bordado
De vapores e cores.

Para impressionar-me,
Revela-se branca e pequena
E eu a vigio,
Objeto de meu desejo,
Brilhante pérola de nácar.

Segue presa num colar cósmico,
Deixando-se refletir e embalar,
Entorpecida pela mãe Terra
E pelas marés que tecem o mar.

3 comentários:

Manuel Marques disse...

Na próxima Lua Azul és uma das muitas pessoas de quem me vou lembrar quando desejar aquilo que tenho de bom para desejar ao mundo... e o mundo ainda é um lugar grande dentro do meu coração, onde cabem lá sempre as pessoas de bem!

E nas noites de Lua Azul (como a cor das letras no poema) deve-se sempre começar algum projecto intenso do qual tenhamos carinho especial! Positivismo procura-se!

parabéns pela poesia!

docerachel disse...

Trago-te a Lua Azul para por a termo esse seu desejo.

Manuel Marques disse...

Lindo! Maravilhoso!