quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Unicórnio

 Tela deDon Maitz


Vi o unicórnio voltar
Trazendo a serenidade.
Decifrei cada instante em que
Passamos nos jardins do palácio.

Aprendemos juntos os caminhos
E o culto à coragem.
Andamos sobre passos leves,
Para não precipitar o perigo.

Fomos complacentes com o inimigo.
Estávamos intocáveis
E não havia olhares entre nós.
Não queríamos nada deferente,
Além de existirmos.

Marquei com pedras o destino da volta,
Para não ficarmos presos
No esquecimento da lenda.

Nos separamos na alvorada,
Na remota região dos sonhos,
Mas por mais que eu finja não ver,
Sua sombra ainda me acompanha.

4 comentários:

Will disse...

Oi querida,
Algumas visitas deixam um cheiro bom em nós. Ou, como no poema, o frescor da sombra nos acompanha.
Belíssimo.
Abç

O que Cintila em Mim disse...

Que todas as boas sombras possam ser sentidas.

Anna Apolinário disse...

feérico!

Sérgio Pontes disse...

Gostei muito.

Obrigado pela visita.

Cumprimentos