domingo, 8 de março de 2009

Àcido Diluido

Tela de Egon Schiele


Você não pode imaginar
O que me causou,
Quando imersa e quente
Em seus braços
Você me beijou.

Suavemente ouvi:
Diga sim, para mim!

Nadei no lago dos seus olhos,
Ácido diluído,
Princípio do meu fim.

Quando tapou minha boca
Selando-a com beijos de amante,
Deixou nela pesadelos
De sua vida errante.

Terno e cruel num só tempo,
Tatuou-me com mordidas,
Fez-me inflar de desejos
Mesmo estando eu ferida.

Foste um raio sobre-humano,
De difícil entendimento,
Cobrindo-me com seu corpo,
Arrastou-me num tormento.

3 comentários:

manuel marques disse...

Doce e Tanto

Um pequeno mundo de doces tentações
decidida intuição, afiada dedução
doce e inimitável intuição

E quando digo olá ao mundo cruel
das anedóticas aparições
levanto voo de encontro a ti
num místico... característico
entusiástico cruzeiro
de sentidos em êxtase!

Jogos de palavras
desencarceradas
sem esconderijo e sem ser preciso
embalo a alma num encanto e tanto
e danço
sem saber da inquieta ausência
de um qualquer ser divino
que me aqueça
sem que me esqueça

Tenho-te
sonho com os doces
plano nas palavras
por planear
que vês
que entranhas
desenhas
apenas apanhas
e sublimas

Tão doce, doce, doce
Doce Rachel!

Manuel Marques 2006 ou 2007...


E claro que há tormentos que suportamos com um sorriso nos lábios sem nunca sabermos o porquê de tamanho masoquismo... como se fosse uma confortável safadeza de quem nos acicata a vontade de amar!

Anônimo disse...

Lindo como sempre.

Dolores Jardim disse...

Muito querido,como todos que escreves!

O melhor de tudo é ter a honra de ser tua amiga.

Doce Rachel!