Eu vi que logo abaixo,
Onde o cotidiano existe,
Ali na superfície de tudo,
Há um mundo real
Que eu não conheço.
E alguém me disse
Que a vida vale a pena!
Estou sendo persuadida
Por um olhar avaliador,
Que me coloca
Na ótica do cotidiano
E eu não me encaixo nele.
Analiso a minha existência,
E é como caminhar no escuro
De mãos dadas com o inimigo,
Que confirma minha solidão
No universo.
Atrevo-me a tocar
Esse manto espesso,
Que encobre a realidade,
E tenho uma intuição
De que as coisas,
Não se suportam.
Elas estão flutuando
Num espaço cósmico,
Esperando para serem escolhidas.
E eu escolho a possibilidade
De portar uma mensagem:
Quero transpor o espaço
Estando lá e aqui,
Sendo uma única entidade.
Quero conectar-me com o todo,
Estando em tudo sempre.
Quero girar sobre mim mesma
E me sentir parada
Na imensidão de minha existência.
Ter o direito de ser
A peça principal de minha realidade.
E numa névoa de força invisível
Permear o cosmo de minha vida
Fazendo-o valer a pena.
2 comentários:
«A peça principal de minha realidade...»
e tenho a certeza que o és e o fazes valer a pena... bjs!
Vc sabe muito bem o significado desse "valer a pena", pois faze-o muito bem.
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