Quem empunha esse punhal
Que me tira a vida?
Quem me sacode
A beira desse abismo denso,
Lançando-me ao rio da morte?
Ondas imensas cobrem-me
Com poderoso alcance,
Mas sou resgatada aos pedaços
E colada
Num fio de luz
Que reluz.
Tu que colhe o que cintila em mim, Faz explodir meu coração, Que ainda que fugaz, Repousa em ti.
3 comentários:
Bravo Rachel!
Essa foto da Diane Arbus veio a calhar a essa poesia. Essa quase menina a se entregar a vida, nua e crua num aparente desamparo...
após ter andado por aqui a passear nos teus lindíssimos poemas não pude deixar de voltar a este... porque tudo o que escreves Reluz e os pedaços que se juntam de novo tornam-se mais densos, mais sagazes apesar de ainda mais vulneráveis... mas o que é um poeta senão um ser vulnerável a uma mera silaba, a um mero encontro de sentidos onde mais ninguém encontra luz ou cor?
desculpa... mas mais uma vez PARABÉNS!!!!
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