terça-feira, 5 de junho de 2007

Reluz

Fotografia de Diane Arbus


Quem empunha esse punhal
Que me tira a vida?
Quem me sacode
A beira desse abismo denso,
Lançando-me ao rio da morte?
Ondas imensas cobrem-me
Com poderoso alcance,
Mas sou resgatada aos pedaços
E colada
Num fio de luz
Que reluz.

3 comentários:

Manuel Marques disse...

Bravo Rachel!

docerachel disse...

Essa foto da Diane Arbus veio a calhar a essa poesia. Essa quase menina a se entregar a vida, nua e crua num aparente desamparo...

Manuel Marques disse...

após ter andado por aqui a passear nos teus lindíssimos poemas não pude deixar de voltar a este... porque tudo o que escreves Reluz e os pedaços que se juntam de novo tornam-se mais densos, mais sagazes apesar de ainda mais vulneráveis... mas o que é um poeta senão um ser vulnerável a uma mera silaba, a um mero encontro de sentidos onde mais ninguém encontra luz ou cor?


desculpa... mas mais uma vez PARABÉNS!!!!