terça-feira, 1 de maio de 2007

Menos que a Morte

Pintura de Jorids Web

Sou um estrangeiro em mim.
Torno a voltar num país de sonho,
De luz e de infância
Perdido num vendaval de espumas.


Aquela voz que chamava
Já não existe mais,
Mudou-se para o desconhecido.
Estou só num mundo de lembranças
Que brotam como erva-daninha,
Sempre e sempre.


Estou quieto numa morna solidão de tédio
E minha esperança é essa voz
Que ecoa sem se importar com nada.

Vem me falar ainda uma vez.
Acalma-me neste país de solidão.
Traga-me um sopro de alento
Que morro de estar vivo.


Nesse insondável mistério de você
Que de tão perto se faz tão distante,

Que se mantém escondida de mim,
Num lugar de sonho.

Pare de mostrar-me a todo instante,

Que é preciso menos que a morte
Para me fazer morrer.


(Ganhou o Concurso de Poesia da Proibido Proibir)

3 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns,Doce Rachel!!
Já era tempo,o Blog!
Que maravilha,abriste a porta á tua bela poesia!!
Baccio per te!
aPr

Anônimo disse...

Raquel!
Todo o Blog está lindo! Irrepreensível!
Esta poesia é linda! Aquela poesia que sempre desejamos escrever, um dia, e que alguém mais sensível escreveu com talento!
Parabéns! Voltarei sempre!
Bjos
sergio trouillet

Anônimo disse...

Raquel!
Todo o Blog está lindo! Irrepreensível!
Esta poesia é linda! Aquela poesia que sempre desejamos escrever, um dia, e que alguém mais sensível escreveu com talento!
Parabéns! Voltarei sempre!
Bjos
sergio trouillet